quarta-feira, 28 de março de 2012

Projeto para criação de curso de “pedagogia bilíngue” a Distancia

No dia 22 de março de 2012 ocorreu a primeira reunião do projeto.

Responsável pelo projeto é o IFSC (Campus Palhoça Bilíngue) com coordenação do Professor Vilmar.
Pauta:
Discussão sobre o projeto ser interinstituicional atingindo o maior número de estados do Brasil, estudo da legislação nacional vigente e sobre um projeto pedagógico específico para a pedagogia bilíngue (formação de professores de surdos).

 Segunda reunião será no Rio de janeiro – RJ - Brasil
Gladis Perlin
Professores de diversas instituições convidados para reunião
Grupo de trabalho

terça-feira, 13 de março de 2012

Duas escolas de São Carlos passarão a ser bilíngues

Alunos com surdez e alunos ouvintes terão a oportunidade de aprenderem Libras

Duas escolas municipais de São Carlos ensinarão Libras aos alunos. A escola de ensino infantil Ida Vinci Guerra e a de ensino fundamental Dalila Galli, ambas no Jockey Clube, foram escolhidas pela Secretaria de Educação para serem as Escolas Bilíngues.

O projeto da Escola Bilíngue, que foi apresentado à Secretaria de Educação pela professora Cristina Lacerda, da UFSCar, vem sendo desenvolvido desde o final do ano passado e busca a inclusão e interação dos alunos, além de uma educação de qualidade para todos.

A iniciativa surgiu após a identificação, pela Secretaria de Educação de São Carlos, de que alunos com surdez chegavam ao final do Ensino Médio sem estarem alfabetizados completamente.

A ideia principal do projeto é alfabetizar as crianças com surdez primeiramente em Libras, para que elas possam ter um meio de comunição, uma linguagem própria, e depois, a partir desta linguagem, terem condição de aprenderem as matérias curriculares, como o português e a matemática.

Para Vanessa Cristina Paulino, Chefe de Divisão em Educação Especial, o ensino de Libras aos alunos com deficiência auditiva é extremamente necessário.

“A Libras é a primeira língua das crianças com deficiência auditiva, é essa linguagem que vai proporcionar a essas crianças uma comunicação e dar a elas acesso a todo o conteúdo curricular. O português vem como uma segunda língua.” Comentou Vanessa.

As escolas escolhidas passaram por adequações e tem agora professores de libras e interpretes à disposição dos alunos, além de oficinas de Libras com atividades para o melhor aprendizado das crianças.

A escolha das escolas, segundo Lourdes de Souza Moraes, secretária de educação, foi pela proximidade. Pois são as únicas duas escolas de ensino infantil e fundamental que ficam próximas. Tendo assim condições de dar maior atenção ás crianças, além de poder oferecer transporte adequado a elas.

“Com essas duas escolas, uma dividindo muro com a outra, temos condição de dar total apoio às crianças com deficiência auditiva desde o ensino infantil até o fundamental, temos condição de dar transporte adequado a elas, e temos condição de alfabetizar todos os alunos em Libras, assim as crianças com deficiência podem se comunicar sem dificuldades com todos os amiguinhos, com os professores e até mesmo com a merendeira”. Afirmou Lourdes.

Na Escola bilíngue o projeto é dividido em dois ciclos. No primeiro ciclo os alunos são matriculados em uma classe com professor bilíngue, que os alfabetizará em Libras. Neste ciclo também são oferecidos aos alunos ouvintes, aos professores e funcionários, oficinas de ensino de Libras.

No período oposto, os alunos com deficiência terão oficinas de Libras, com atividades como Educação Física, Artes, passeios, entre outras, junto com os alunos ouvintes, possibilitando uma inclusão e uma convivência com a diversidade.

No segundo ciclo, os alunos com deficiência auditiva são matriculados na sala regular, junto com os alunos ouvintes, onde ele tem acompanhamento de um interprete de Libras/Língua Portuguesa.

No período oposto, tem oficinas para os alunos surdos, onde é proporcionado a eles uma ampliação do conhecimento de Libras. E também é oferecido oficinas de ensino de português como segunda língua.

Segundo a secretária de Educação, o próximo passo é ter uma escola de ensino médio no projeto da Escola Bilíngue.

“Agora nosso próximo passo é motivar, incentivar, sensibilizar o Estado, a diretoria de ensino, para que ela possa identificar uma escola de segundo grau, para ser também uma escola bilíngue, aí o aluno tem condição de começar na escola de educação infantil e concluir o ensino médio com sucesso.” Comentou.

Lourdes faz um apelo à população, aos pais que tenham filhos com deficiência, que não deixem para levar as crianças para a escola só na idade que é obrigatória, só no ensino fundamental, mas que levem desde pequenos.

“O que queremos dizer à população é que não deixem suas crianças com deficiência em casa, que traga para nós. Porque com três ou quatro anos, já temos condição de trabalhar com eles. Tem crianças com deficiência auditiva que só chega à escola no ensino fundamental, pois muitas vezes a família por medo acaba protegendo, ou isolando a criança, e não pode. Quanto mais cedo elas chegarem à escola, o desenvolvimento da linguagem é mais fácil. Assim, quando essa criança chegar ao ensino fundamental ela já estará alfabetizada em libras e ficará mais fácil para elas aprender o conteúdo curricular, o português, a matemática, e as demais matérias”. Finalizou Lourdes.

Fonte: (com adaptações)

IV Encontro-Serviço de apoio pedagógico especializado - 2011

Oficina:
ENSINO DE PORTUGUÊS PARA SURDOS COMO SEGUNDA LÍNGUA

Por Neiva de Aquino Albres

Atualmente os estudos apontam que a Língua Portuguesa escrita deve ser ensinada aos surdos como segunda língua, já que não ouvem a língua usada no país e como falantes de Libras seria improvável a aprendizagem da escrita como língua materna.  O fracasso escolar do aluno surdo muitas vezes está na forma como é conduzida a aprendizagem da leitura e escrita da Língua Portuguesa, como também pelos instrumentos de avaliação adotados na escola que o comparam ou esperam uma produção como a de uma criança ouvinte. O intuito deste trabalho é o de compartilhar modos, saberes e fazeres relacionados ao processo de ensino  e avaliação da Língua Portuguesa. Procurando aprimorar a educação às especificidades de ensino de surdos, baseadas na língua brasileira de sinais (LIBRAS) como língua de instrução, ensino de português como segunda língua e avaliação diferenciada.

Oficina no IV Encontro-Serviço de apoio pedagógico especializado: contribuições para a educação inclusiva, na Feusp - USP. Agosto de 2011.

Profissão de tradutor e intérprete




Profissão de tradutor e intérprete da língua brasileira de sinais e a LIBRAS: ser e não-ser, eis a questão!

Adriane de Castro Menezes Sales

Doutoranda na Universidade Federal de São Carlos – PPGEEs





 

Todas as palavras evocam uma profissão, um gênero, uma tendência, um partido, uma obra determinada, uma pessoa definida, uma geração. [...] Cada palavra evoca um contexto ou contextos nos quais ela viveu sua vida socialmente tensa; todas as palavras e formas são povoadas de intenções. [...] A linguagem não é um meio neutro que se torne fácil e livremente a propriedade intencional do falante, ela está povoada ou superpovoada pelas intenções de outrem. Dominá-la e submetê-la às próprias intenções e acentos é um processo difícil e complexo.

Mikhail Bakhtin



Em primeira instancia, cabe considerar que este texto é, em parte, a continuidade de um diálogo iniciado em outro contexto, numa oportunidade de reflexões e significações que resultou na escritura de um trabalho, pensamentos, acerca dos diversos matizes dos discursos sobre ‘inclusão escolar’ quando direcionados para a educação de alunos surdos. Pensar sobre o signo lingüístico como materialidade ideológica, sob a ótica da ética do ato responsável, que emerge do diálogo, da compreensão ativo-responsiva, é um despertar de ressonâncias ideológicas que refletem e refratam os nossos e novos sentidos

IV Encontro-Serviço de apoio pedagógico especializado - 2011


Procedimentos tradutórios no atendimento especializado ao aluno surdo na universidade: a transferência com a explicação
Vânia de Aquino Albres Santiago


Apresentação de pôster no IV Encontro-Serviço de apoio pedagógico especializado: contribuições para a educação inclusiva, na Feusp - USP. Agosto de 2011.

segunda-feira, 12 de março de 2012

IV Congresso Brasileiro Multidisciplinar de Educação Escpeial - 2011

IDENTIDADE SURDA: QUESTÕES LEVANTADAS PELOS PROFISSIONAIS SURDOS DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DO RIO DE JANEIRO

CRISTIANE CORREIA TAVEIRA, PUC-RIO
MÔNICA ASTUTO LOPES MARTINS, UNIMEP-SP
LAURA JANE MESSIAS BELÉM, UNIMEP-SP

Resumo
A motivação desta pesquisa vincula-se ao processo de implantação de lei que corrobora o acesso à educação bilingue por alunos surdos. A legislação de reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), regulamentada no Decreto-lei nº 5.626 de 22/12/2005, respalda a atuação do profissional surdo e este profissional foi sujeito da pesquisa. A construção da identidade surda como processo social discursivo faz parte desta pesquisa etnográfica (ARRUTI, 2006; MAGNANI, 2003) pautada na análise das argumentações de 33 profissionais surdos que atuam nas escolas municipais do Rio de Janeiro. Realizaram-se contrastes argumentativos sobre a surdez como deficiência e a surdez como processo cultural (CANGUILHEM, 2007; SKLIAR 1997, 1998; STOLCKE, 1991). A coleta de dados correspodeu a dois instrumentos de pesquisa: expressão livre de ideias em língua portuguesa escrita e debate coletivo, em língua de sinais, filmado. Os enunciados dos profissionais surdos suscitaram a criação de quatro categorias de análise: territórios, línguas, classificações e desiguladades. Essas categorias forjadas socio-historicamente se entrecruzam na construção da identidade surda. Os aspectos destacados nas análises são subsídios importantes ao acompanhamento das políticas públicas implementadas. Trata-se de um debate que emerge quando se parte do texto da lei para o trabalho prático de sua aplicação e que vem complexificar tanto a reflexão acadêmica quanto a reflexão política sobre o tema.
Palavras-chave: profissional surdo; cultura; identidade.

"O contexto da interpretação e da LIBRAS na escola"




O Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Estado de Educação e Coordenadoria de gestão da educação básica promoveu um ciclo de palestras para a promoção de reflexão coletiva dos educadores envolvidos na formação de alunos surdos, nas escolas onde convivem surdos e ouvintes.

Os professores interlocutores foram o público alvo das palestras.

Professora Cristina Broglia Feitosa de Lacerda foi convidada para ministrar uma palestra sobre interpretação educacional em 2011.

VI Congresso Brasileiro Multidisciplinar de Educação Especial - 2011


O ENSINO DE LIBRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A BRINCADEIRA COMO FACILITADORA DO APRENDIZADO

LARA FERREIRA DOS SANTOS

A brincadeira é fundamental para o desenvolvimento humano, além de ser o aspecto central na primeira infância, quer de crianças ouvintes, quer de crianças surdas. Para Vygotsky (1991) o brincar permite à criança não apenas a compreensão do mundo adulto, mas permeia seus desejos, perpassa por dimensões afetivas, possibilita uma ação simbólica, permite generalizações, dentre outros aspectos. Ainda segundo o autor a brincadeira cria uma zona de desenvolvimento proximal, em que emergem inúmeras capacidades como abstração, compreensão de papéis sociais, significações.

VII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL Londrina de 08 a 10 novembro de 2011 - ISSN 2175-960X – Pg. 1060-1070


Trabalho completo:
http://www.uel.br/eventos/congressomultidisciplinar/pages/arquivos/anais/2011/brincar/100-2011.pdf

Intercâmbio de Linguistica Aplicada - INPLA 2011

A Disciplina Libras no Ensino Superior: constituição de novos discursos sobre a pessoa surdas nos cursos de formação de professores


Ana Claudia Lodi UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Érica de Azevedo Nogueira UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


A Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida como meio legal de expressão e comunicação das comunidades surdas brasileiras pela Lei nº10436/02, regulamentada pelo Decreto nº5626/05, legislação que garante o direito das pessoas surdas à educação bilíngue. O reconhecimento deste direito determinou que o ensino da Libras se tornasse obrigatório a todos os cursos superiores de formação de professores; no entanto, ainda não existem diretrizes sobre a carga horária e sobre os aspectos a serem contemplados nesta disciplina. Atualmente, as Instituições de Ensino Superior estão se adequando a esta exigência, considerando que as Instituições tem um prazo de dez anos, após a publicação do Decreto, para a implantação da disciplina em cem por cento de seus cursos. Em 2010, a Universidade de São Paulo - campus Ribeirão Preto (USP-RP) ofereceu, pela primeira vez, a disciplina aos cursos de Licenciatura em Pedagogia, Ciências Biológicas, Química, Música e Psicologia, e esta teve como objetivo, além do ensino introdutório da Libras, constituir-se em um espaço de discussão sobre a realidade educacional inclusiva, possibilitando a reflexão dos discentes sobre sua responsabilidade social nos processos educacionais de surdos. Observa-se que as discussões realizadas na disciplina alteraram de forma significativa a visão dos alunos sobre a educação de surdos e seus discursos passaram a contemplar: a compreensão das especificidades lingüísticas das pessoas surdas; a necessidade formativa dos professores para atuar com este alunado; questões relativas à formação dos tradutores-intérpretes de Libras e sua presença em sala de aula dependendo no nível educacional dos alunos. Como decorrência, questionamentos e posicionamentos críticos sobre o modelo inclusivo foram assumidos. Este trabalho tem como objetivo discutir a transformação nos discursos dos alunos da USP-RP, apontando alguns aspectos que podem auxiliar no traçar de diretrizes para a implantação e desenvolvimento desta disciplina nas Instituições de Ensino Superior.


Entre os dias 21 e 24 de junho de 2011 aconteceu na Puc/SP o 18º INPLA - Intercâmbio de Pesquisas em Linguística Aplicada

IV Congresso Brasileiro de Educação Especial - 2010



POSSiVEIS DIALOGOS ENTRE A TEORIA, OS SABERES E ALGUMAS EXPERIENCIAS

DOCENTES NUMA PROPOSTA DE EDUCAcAO BILINGUE

Vanessa Regina de Oliveira Martins, Luana Martins




RESUMO
O presente trabalho tem a intenção de compartilhar fazeres de uma sala bilíngüe, multiseriada de surdos da Rede Municipal de Campinas. Como base teórica para a pesquisa, traremos os conceitos de Michel Foucault (1987, 1999) para analisar as relações-acontecimentos emergentes no cotidiano da escola e as várias formações discursivas. Os estudos de Walter Benjamim (1994) também nos ajudaram na ressignificação do conceito de experiência na relação com o outro. Traremos, sem dúvida, algumas experiências de docência bilíngüe (português/libras), numa proposta de inclusão que visa atender ao decreto 5.626/05, no que se refere à acessibilidade de pessoas surdas no espaço escolar. Para tal foi-se implantado no município de Campinas salas com a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como língua de instrução. Portanto, mais que trazer resultados fechados, pretendemos compartilhar experiências, saberes e produções nestes espaços escolares: micro (sala de aula) e macro (instituição); fazer circular alguns acontecimentos deste cotidiano, que se mostra cheio de novas trilhas, para se pensar/buscar possibilidades de uma inclusão de surdos mais ética frente as suas singularidades linguísticas e culturais, já que tomamos a língua de sinais como constitutiva do sujeito surdo e de suas relações com o mundo.
PALAVRAS-CHAVE: Educação de Surdos; Educação Bilingue; Inclusão

IV Congresso Brasileiro de Educação Especial - 2010

IV CBEE

São Carlos, 2010


Educação de surdos: perspectivas atuais

Madalena Klein (UFPEL)
Marianne Rossi Stumpf (UFSC)
Cristina B. F. Lacerda (UFSCar) Coordenadora



Pesquisa de Iniciação científica - 2011


Marta Ferreira da Silva

Projeto de Pesquisa:  CRIANÇAS DE 0 A 6 ANOS COM SURDEZ  NO MUNICÍPIO DE SÃO CARLOS – SP: Investigando sobre sua inserção no sistema educacional

Problema: Bueno e Meletti (2010) indicam que, as matrículas referentes à educação especial na educação infantil são consideralvelmente pequenas, pois segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) 10% da população tem algum tipo de deficiência.

Objetivo: O objetivo geral do presente projeto foi fazer um levantamento de crianças surdas, em idade entre 0 a 6 anos, na cidade de São Carlos.

Local: São Carlos é um município brasileiro localizado no interior do estado de São Paulo, próximo de seu centro geográfico, e a uma distância rodoviária de 231 quilômetros da capital paulista. A cidade tem uma população recenseada em 221.936 habitantes (IBGE/2010), distribuídos em uma área total de 1.141 km².


Desdobramentos da pesquisa: A partir do levantamento das crianças surdas foi possível o agrupamento delas em uma mesma escola pública e a articulação Universidade e Escola para promoção de serviços de educação especial e uma educação bilíngue, direito da criança surda.

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Fazer pesquisa é construir conhecimento. Mais do que isso é ter em mãos a possibilidade da transformação social. Com o levantamento das crianças surdas é possível oportunizar um desenvolvimento de linguagem adequado, a aquisição da Libras e promover uma educação de qualidade.

A IMPLANTAÇÃO DA DISCIPLINA DE LIBRAS NO ENSINO SUPERIOR

 
Título: A implantação da Disciplina Libras no Ensino Superior
Autores desse trabalho
  1. ANA CLAUDIA BALIEIRO LODI
  2. DEIZE VIEIRA DOS SANTOS
  3. MARIA CRISTINA DA CUNHA PEREIRA
  4. ROSSANA APARECIDA FINAU
  5. TANYA AMARA FELIPE DE SOUZA
  6. ZILDA MARIA GESUELI

A aprovação das Leis Federais 10.098/2000 e 10.436/2002 e do Decreto 5.626/2005, reconhecendo o direito lingüístico dos surdos ao acesso às informações por meio da Libras, ocasionou modificações significativas nas políticas lingüísticas para essa minoria lingüística. A Libras passou a ser disciplina obrigatória nos cursos de licenciatura e Fonoaudiologia. Instituiu-se o exame ProLibras, surgiram cursos livres, cursos de graduação e pós-graduação para formação de instrutor/professor e de tradutor/intérprete de Libras,. Assim, esse tema proposto tem como objetivo refletir sobre as distorções que estão acontecendo nas práticas de formação desses profissionais, nos processos de admissão e concursos públicos para professores que irão ministrar essa disciplina e nos seus conteúdos programáticos.

FONTE: http://www.anpoll.org.br/eventos/enanpoll2010/data/admin/exibe_resumo.php?CodResumo=329

Pesquisa de Iniciação Científica de Karen Lopes



Autora: Karen Lopes

Tema: Instrutor Surdo: Reflexões sobre as práticas de Ensino da Língua Brasileira de Sinais



Resumo:
A educação de alunos surdos tem sido foco das recentes discussões acerca da inclusão escolar, especialmente no que se refere às metodologias empregadas no ensino desses sujeitos. Sob tal aspecto torna-se relevante aprofundar os estudos sobre o ensino da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para alunos surdos, considerando que esta tem se mostrado eficaz na comunicação e educação destes alunos. O presente estudo objetiva analisar as estratégias utilizadas por instrutores surdos para o ensino de Libras, em um espaço educacional bilíngue, cujas propostas visam o respeito às singularidades dos alunos surdos e configuram um espaço de construção de ideias mais igualitário. Acreditando-se que esse profissional tem fundamental importância no desenvolvimento da língua e na aquisição de inúmeros conceitos pela criança, pretende-se discutir e refletir acerca dos aspectos relacionados às suas práticas de ensino as dificuldades relacionadas a este momento e a sua formação. Para tal, serão entrevistados dois instrutores surdos que atuam em diferentes níveis escolares, educação infantil e fundamental. Os procedimentos incluirão entrevista vídeo-gravada com os profissionais, a qual contará com a presença de um intérprete de Libras. Espera-se, a partir do conhecimento e reflexão dessas práticas, que possamos contribuir para ações futuras de formação e atuação desses profissionais.